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O dia em que a Pepsi deu um avião a jato como prêmio de uma promoção. Ou quase...

Documentário da Netflix: Pepsi onde está meu jato?

E um jovem consumidor tentou ganhar de qualquer maneira.  Era 1996 e a Pepsi lançou uma promoção de "pontos" que prometia um prêmio de "brincadeira",  um avião de combate avaliado em 23 milhões de dólares.

O universitário John Leonard levou esse desafio tão a sério que elaborou um plano ousado ganhar o prêmio.

E essa história será contada num documentário da Netflix chamada: "Pepsi, Where's My Jet?" (‘Pepsi, onde está o meu jato?’, em tradução livre) mostrando a saga de Leonard para reivindicar seu prêmio.

A vida de John Leonard deu uma guinada muito improvável em 1996, quando uma promoção da Pepsi o colocou numa missão para tentar ganhar o prêmio final da competição, um avião a jato.

O novo documentário da Netflix: "Pepsi, onde está o meu avião?"

A produção conta a audaciosa estratégia de Leonard para fazer com que a gigante dos refrigerantes mantivesse sua palavra, explorando o que ele considerou como uma falha no regulamento da promoção, mas que na verdade não passa de uma piada, e para isso ele conseguiu o apoio de um milionário que acabou entrando junto numa batalha judicial.

John Leonard durante gravação da Netflix sobre a promoção da Pepsi  nos anos 90. (Foto/NetFlix)

John Leonard durante gravação da Netflix. (Foto/NetFlix)

A Pepsi lançou uma promoção chamada de ‘Pepsi Points’, onde, supostamente os consumidores poderiam resgatar prêmios usando os pontos acumulados com a compra dos refrigerantes da marca.

A fabricante lançou uma campanha publicitária na televisão que terminava com a afirmação de que ‘7 milhões de pontos acumulados’ dariam o direito de resgatar um avião de caça da marca Harrier que naquela época custava cerca de 23 milhões de dólares.

Mas havia um problema na promoção

O único problema, argumentou Leonard , foi que a Pepsi falhou em colocar um aviso em seu anúncio informando aos consumidores que estava apenas ‘brincando’.

A falta de letras miúdas levou Leonard a tentar ganhar o que sem dúvida teria sido uma das maiores pechinchas mundo.

Leonard, que na época era um estudante universitário de 20 anos, percebeu que seria impossível comprar e armazenar o número necessário de latas e garrafas de Pepsi para acumular todos os pontos da promoção.

Mesmo assim, ele viu uma brecha, ele poderia comprar Pepsi Points por 10 centavos cada, o que significa que os sete milhões de pontos exigidos pela promoção custariam 700.000 dólares.

O plano para ganhar o jato

O rapaz então conseguiu convencer o milionário Todd Hoffman, com quem fizera amizade durante uma viagem de montanhismo, a financiar seu plano.

"Nós olhamos o vídeo do comercial e pensamos:  'Isso é  um anúncio totalmente imprudente feito por uma grande empresa' ", disse Hoffman ao jornal The Guardian.

A saga de Leonard é muito parecida com um episódio de "Os Simpsons", exibido em 1994, onde Bart Simpson escolhe um elefante como um prêmio de "piada". Para o desespero dos apresentadores da rádio local que haviam feito a promoção.

John Leonard e Todd Hoffman. (Foto/NetFlix)

John Leonard e Todd Hoffman. (Foto/NetFlix)

O episódio do desenho animado já havia sido transmitido algumas vezes antes de Leonard embarcar em sua aventura para ganhar o avião a jato da Pepsi.

Mas enquanto Bart conseguiu receber seu prêmio gigante, a Pepsi se recusou a ceder no que argumentou ser obviamente uma piada.

A recusa da empresa em reconhecer a falha e pagar o prêmio acabou levando o assunto ao tribunal.

Para Leonard era muito lucrativo, no entanto, o juiz Kimba Wood deu parecer contrário à ação dizendo que uma reivindicação de um anúncio de TV não poderia ser levado a sério.

"Uma piada – num comercial de TV não poderia levar uma pessoa sensata a concluir que uma empresa de refrigerantes estaria dando aviões como prêmios de uma promoção", disse Wood como parte de seu veredicto onde dava ganho de causa à Pepsi.

Mas mesmo a Pepsi tendo se safado de ter que comprar um avião a jato Harrier, a coisa acabou desandando num enorme desastre de relações públicas para a marca e no pior momento possível.

A Pepsi havia perdido uma grande oportunidade, segundo Hoffman

Na década de 1990, a Pepsi estava atolada num batalha judicial com a Coca-Cola que logo faria a Diet Coke deixar o produto equivalente da Pepsi comendo poeira, pois logo [a Diet Coke] se tornaria o refrigerante mais vendido nos Estados Unidos, atrás apenas da própria Coca-Cola.

A empresa enfrentou uma série de problemas na época, desde escândalos sobre parcerias com celebridades até incidentes envolvendo seringas encontradas dentro de latas de Pepsi.

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Mas alguma coisa teria que dar certo para Pepsi, como por exemplo o abandono da "New Coke" pela Coca-Cola, o que ajudou a marca a recuperar um pouco da sua reputação.  

"A Pepsi desperdiçou uma grande oportunidade para pegar um consumidor insatisfeito [Leonard] e dizer: 'Olha, nós vamos te levar pelo país inteiro abordo de um avião a jato e ainda vamos te pagar um milhão de dólares.' "

Mas em vez disso preferiram contratar advogados e nos processar, eles poderiam realmente ter feito a coisa certa disse Todd Hoffman.

Trailler do documentário da NetFlix: ‘Pepsi, onde está o meu jato?’

 

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Author: MundoZ! Cinema
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